quarta-feira, 26 de março de 2014

Governadora em exercício defende participação das mulheres na política






 
O evento foi promovido pela Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ/PB). De acordo com a governadora em exercício, esse é um momento histórico em que as mulheres de destaque na política e na magistratura se juntam para refletir sobre as cotas partidárias das mulheres na política. “O Brasil está perdendo muito em não ter mais mulheres na política e também nas cortes superiores da magistratura”, completou Fátima Bezerra Cavalcanti.

A presidente da Associação, Ivan Kurisu, entende que o tema escolhido, sobre a participação da mulher na política é amplo e que o debate deve ser constante para fortalecer o empoderamento da mulher, principalmente agora, com a proximidade de mais um pleito eleitoral para escolha de presidente da República, senadores e deputados. “Podemos refletir  aqui sobre o não preenchimento das cotas partidárias garantidas para as mulheres no nosso ordenamento jurídico [30% para mulheres e 70% para os homens], a questão da indicação partidária da mulher e financiamento da campanha”.


A chefe de gabinete do governo do Estado, Estela Bezerra, afirmou que a discussão das cotas dentro da reforma política pode gerar muito mais qualidade em relação à participação das mulheres se houver uma fórmula como listas fechadas e diferenciadas entre homens e mulheres para equilibrar a disputa e fazer com que o Brasil, que tem uma população formada por 52% de mulheres, tenha uma participação mais proporcional e não apenas 9% como ocorre hoje. “Isso se dará com uma ampla reforma política e com o aprimoramento da política de cotas”, observou.

Estela ainda acrescentou que também existe um problema cultural na própria participação, nas candidaturas partidárias de 30% e que ocorre pelo pouco estímulo de participação política e pelas barreiras que existem na sociedade como a disponibilidade maior do homem de se dedicar à vida pública, enquanto a mulher tem que conciliar a vida pública e a vida doméstica, que ela não consegue se distanciar. “Esse é um contexto que dificulta a participação das mulheres na vida pública. Isso pode ser superado com mudanças na legislação e um processo de mudança de cultura”, explicou.





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