Programa Nacional do PSB » Petrobras no bate-bola entre Eduardo Campos e Marina Silva
Cobrança sobre problemas com a petrolífera brasileira terá destaque no programa do PSB que vai ao ar hoje
A ideia do programa é mostrar um diálogo intimista entre os dois líderes e reforçar como o partido atualmente vê a realidade - sem cores.
EDUARDO E MARINA SE APRESENTAM HOJE AO BRASIL DURANTE 10 MINUTOS
A publicidade vai tentar passar ao telespectador simplicidade e a relação próxima entre Eduardo e Marina, que se aliaram desde outubro do ano passado para enfrentar o PT nas próximas eleições. |
A
Petrobras terá um papel de destaque no programa nacional do PSB, que
vai ao ar a partir das 20h30 de hoje. Numa gravação feita em preto e
branco, de 10 minutos, o governador Eduardo Campos e a ex-senadora
Marina Silva vão se apresentar ao Brasil sem uso de muitos recursos de
marketing para debater os principais problemas do país, entre eles o da
petrolífera, cujo a gestão se envolveu este mês em denúncias de
corrupção. A ideia do programa é mostrar um diálogo intimista entre os
dois líderes e reforçar como o partido atualmente vê a realidade - sem
cores.
O programa foi feito pela Link Propaganda, do jornalista
Édson Barbosa, que continua à frente do marketing de Eduardo Campos na
disputa presidencial. Segundo fontes da legenda socialista, a
publicidade vai tentar passar ao telespectador simplicidade e a relação
próxima entre Eduardo e Marina, que se aliaram desde outubro do ano
passado para enfrentar o PT nas próximas eleições. Os dois conversarão
frente a frente, sem tom de fantasia.
“Eu que vi em 2010 a presidente Dilma defender a Petrobras, dizer que
o adversário dela (José Serra) iria privatizar a Petrobras e, três anos
depois, vejo a Petrobras valer metade do que valia. Ou seja: tem meia
Petrobras. E (a empresa) deve quatro vezes mais do que devia”, diz
Campos num dos trechos do vídeo.
Fontes do PSB negaram que o
programa tenha sido refeito na última segunda-feira, em São Paulo, para
incluir o tema Petrobras, pivô dos noticiários após a própria presidente
Dilma Rousseff (PT) admitir que assinou, ainda em 2006, documentos “com
falhas” que autorizavam a compra da refinaria Pasadena, no Texas, nos
EUA. Em 2005, a petrolífera texana foi comprada por um empresário no
valor de US$ 42,5 milhões (R$ 89 milhões) e vendida à Petrobras por US$
1,2 bilhão (R$ 2,7 bilhões) no ano seguinte.
O governador também
ressaltou a importância do tema Petrobras na maratona que cumpriu ontem
pelo interior do estado, onde fez inaugurações de obras financiadas com
os recursos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal
(FEM). Ele usou um tom bastante duro para cobrar ao Congresso Nacional a
criação de um CPI para investigar operações da estatal eventualmente
superfaturadas. Bem mais elevado, aliás, do que adotou na última
segunda-feira, quando o próprio Eduardo disse que ia esperar primeiro os
esclarecimentos do governo ao Congresso antes de orientar o PSB a
assinar a CPI.
“Eu acho que o Congresso Nacional, por dever, tem
que abrir uma investigação. O Ministério Público abre, a Petrobras abre,
a presidente demite e só o Congresso tem que ficar de joelhos? O
Congresso está com medo? Medo de quê? A verdade tem que ser colocada”,
alfinetou o socialista, durante entrevista a uma rádio de Catende.
Nenhum comentário:
Postar um comentário