Campos já discursa como pré-candidato à Presidência. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Pres |
Depois
de dizer, na semana passada, que o Brasil não aguenta mais quatro anos
com Dilma Rousseff, o pré-candidato do PSB à sucessão presidencial,
Eduardo Campos (PSB), afirmou ontem que a presidente “não deu conta de
melhorar o Brasil” e acusou o governo de estar “distribuindo cargos como
se estivesse distribuindo bananas e laranjas”. Ele fez os comentários
durante entrevista coletiva e em discurso para cerca de 400 pessoas, em
Surubim, no Agreste de Pernambuco. Campos esteve na cidade para cumprir a
Agenda 40, como vem sendo chamada a lista de compromissos da chapa
majoritária estadual.
“O presidente Lula fez o que pôde fazer.
Sequenciou com sabedoria e inteligência as conquistas que encontrou do
governo que o antecedeu. E todos nós entregamos à sua excelência, a
presidente, a chance para que ela fizesse o Brasil seguir mudando e
melhorando. Mas o que aconteceu é que ela não soube fazer o que estava
predestinada, encarregada de fazer. E nós não podemos deixar o Brasil
derreter na inflação, no populismo, entregando cargos como se estivesse
distribuindo bananas ou laranjas”, criticou Campos.
Em discurso
claro de pré-candidato ele disse não temer o fato de ainda não ser
conhecido no Brasil. “Quem sabe fazer tabuada, sabe fazer a conta. Hoje
só 30% do povo brasileiro me conhece. E o mínimo com que apareço nas
pesquisas é com 12%. Façam a regra de três. Daqui até o dia 5 de
outubro, 100% vai conhecer (o candidato). Nós vamos bater, onde vocês
sabem que devemos bater. Porque posso dizer que a estrada de onde viemos
até aqui, foi muito mais difícil do que a estrada onde vamos chegar”,
afirmou, em alusão à sua primeira campanha para o Palácio do Campo das
Princesas, que iniciou com apenas 3% da preferência do eleitorado.
Eduardo
Campos ressaltou ainda que o povo brasileiro sabe que quer mudanças,
embora ainda desconheça “nomes e ideias”, mas acredita que isso não será
difícil quando tiver início a “segunda etapa” da campanha, com uso de
rádio e TV. Campos participou de compromissos em outros dois municípios
(Gravatá e Bonito), mas foi em Surubim que manteve agenda política,
voltada para a discussão de prioridades para a sucessão estadual. No
local, foi saudado como “presidente” diversas vezes.
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