- Dizem que ainda tem “pano pra
manga”, no processo que reconduziu Hércules Holanda à presidência da Câmara
Municipal de Serra Branca.
Os embates (mais partidários do
que políticos) são comuns nas sessões da Casa Leidson da Silva, considerando
que temos uma composição partidária bem “eclética” distribuídas entre os
governistas e oposicionistas (além do muro que os dividem, que sempre tem algum
que fica em cima deste). Mas o fato é que na última sessão, quando houve a
antecipação de eleição da Mesa Diretora, os ânimos andaram mais animados que o
normal.
Como já é sabido, o vereador
Hércules Holanda (PR) foi reeleito para presidir a Casa, com o apoio dos
vereadores petistas Josenildo Gonçalves e Renan Mamede, do vereador Paulo
Sérgio Barros (PT do B), além de Heydrich Dias (PTN) e de seu correligionário
Paulo Sérgio Araújo (PR). Na oportunidade, estavam ausentes do processo os
vereadores Carlos Kléber (DEM), e os republicanos Diógenes Sales e Flávio
Torreão, correligionários de Hércules, mas contrários a sua reeleição.
Assim como para muitos, a eleição
foi uma surpresa, surpresa maior foi a atitude dos vereadores Carlos Kléber,
Diógenes Sales e Flávio Torreão que entraram com pedido de impugnação da Ata da
Sessão Ordinária do dia 21 de fevereiro, a qual registra o processo eletivo da
Mesa Diretora para o biênio 2015/2016. (Se a intensão for de anular a eleição é
perda de tempo: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, ou seja, não
é tentando inviabilizar a ata da sessão que irão conseguir anular a eleição.
Nesse caso só tem um jeito: judiciário)
É muita surpresa não é mesmo! (Nada perto da surpreendente manifestação do
vereador “folha seca” Heydrich Dias da Nóbrega. Ele que, não só participou do
processo, como votou na chapa em que foi preterido e ainda teve a ousadia de
dizer que queria a impugnação da eleição, pois assim como os demais colegas,
não sabia e foi pego de surpresa – há, há, há! – não deu outra: foi desmentido
pelo vereador Paulo Sérgio Araújo, em plena tribuna da câmara. Uma situação
sinistra. Pegou mal vereador!)
Base rachada!?
Não há dúvidas quanto ao
posicionamento de vereadores em relação ao governo municipal: Heydrich Dias a
cada dia deixa claro que é governista; a bancada republicana de praxe, é
governista, com a incógnita Hércules, que apesar de exercer a presidência com
votos da oposição, não tem a prática de combater o governo (nem de defender) e fica de certo modo, em cima do muro. Certa mesma é a posição dos vereadores
petistas e agora com a chegada do vereador Paulo Sérgio Barros, que exercem um
mandato de oposição ao governo municipal.
O fato é que se os governistas
Carlos Kléber, Diógenes Sales, Flávio Torreão, e agora com o apoio de Heydrich
Dias tinham a intenção de tumultuar o processo, podemos dizer que “deram um
tiro no pé” (que não mata, mas dói), pois criaram uma situação de animosidade
na própria base.
Com um pé na frente, e outro bem
atrás
O presidente tem nas mãos (ou na gaveta) um processo contra o
vereador Carlos Kléber que trata de sua Falta de Decoro Parlamentar,
representação a partir de processos de manutenção de trabalho análogo a escravo,
enquanto empresário no ramo de Pedreira.
O democrata Kléber pode a
qualquer momento ter seu mandato posto em xeque, e pior, além do mandato pode
ter seus direitos políticos cassados também. (Pense numa situação “periclitante”: não poder ir contra sua base e ao
mesmo tempo, não poder desferir toda sua ira na Mesa Diretora, em especial no
presidente)
Cenas do próximo capítulo
Hoje teremos mais uma sessão, prevista
para as 17h30mim. Vamos aguardar os acontecimentos. Se considerarmos as últimas
palavras do presidente Hércules, que informou aos vereadores que não
participaram do ato eletivo, que estes não tinham amparo legal, conforme norma regimental
para contestar o processo, portanto seus votos contra a aprovação da ata
tornam-se nulos.
Em tempo: Na votação da Ata em questão
tivemos os seguintes votos: 04 votos contrários (Carlos Kléber, Diógenes Sales,
Heydrich Dias e Paulo Sérgio Araújo) e 03 votos favoráveis (Josenildo
Gonçalves, Renan Mamede e Paulo Sérgio Barros.
Em tempo II: Flávio Torreão e
Hércules Holanda não votaram. O primeiro faltou porque estava fazendo campanha
no Sertão do Estado e o segundo por ser presidente e em alguns casos só exerce
o voto de minerva.
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