Projeto da deputada paraibana Nilda Gondim
A
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos
Deputados aprovou hoje (26) o Projeto de Lei 628/11, que estende ao
comércio a obrigatoriedade de tratamento prioritário para pessoas com
deficiência, idosos, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de
colo. Pela Lei 10.048, de 2000, atualmente, o atendimento diferenciado é
obrigatório nas repartições públicas, concessionárias de serviços
públicos e em bancos.
O
projeto de lei, de autoria da deputada Nilda Gondim (PMDB-PB), inclui
também a previsão de multa nos casos de desrespeito à norma. A multa
pode chegar a dez vezes o valor do menor benefício pago pelo Regime
Geral de Previdência Social.
Nilda
Gondim explicou que a regra e a penalidade valerão para qualquer local
comercial onde existam caixas, balcões ou guichês para atendimento.
"Existe uma lacuna na lei no tocante a determinados lugares onde
comumente encontramos aglomerados de pessoas fazendo compras de gêneros
os mais variados e que, dependendo do tipo de estabelecimento ou
comércio, enfrentam filas enormes para adquirir algum bem", disse a
deputada.
Ela
ressaltou que é comum deparar com esse público em filas de
hipermercados, supermercados e lojas de departamentos. "São casos de
mães com crianças de colo tendo que se mover, com carrinhos de compras
em hipermercado lotado, procurando filas menores para serem atendidas
logo." Nilda lembrou que os desafios são os mesmos para idosos e pessoas
com deficiência, que têm menos agilidades, flexibilidades e, muitas
vezes, saúde frágil.
Como a votação na CCJ teve caráter conclusivo, o texto segue agora para análise no Senado.
A
comissão, responsável pela análise da constitucionalidade de matérias,
também aprovou uma mudança na Política Nacional de Recursos Hídricos,
para que representantes da Fundação Palmares e de comunidades
remanescentes de quilombos participem das discussões nos comitês de
bacias hidrográficas. Nesse caso, a decisão ainda precisa ser analisada
pelo plenário da Câmara antes de seguir para o Senado.
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