terça-feira, 24 de setembro de 2013

Brasil importa salmão do Alasca

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A partir de outubro, o consumidor brasileiro poderá escolher na prateleira do supermercado se leva para casa o salmão cultivado em fazendas no Chile ou se compra o selvagem capturado no Alasca, no Hemisfério Norte. O salmão do frio Estado americano é reconhecido como o peixe mais nobre dos mares pelo mercado internacional.

Pernambucana Noronha se torna parceira da empresa americana e começa em outubro a oferecer peixes sofisticados, como salmão, bacalhau e polaca



Depois de um trabalho de dois anos para vencer a burocracia do governo brasileiro, a empresa pernambucana Noronha Pescados, em associação com americana Ocean Bauty e a agência de promoção Alaska Seafood Marketing Institute (ASMI), iniciaram as importações de salmão selvagem, bacalhau e polaca capturados nos mares daquela região.

A proposta da Noronha, que está investindo R$ 2,7 milhões, é oferecer o salmão do Alasca sob a forma de filé e postas, embalados a vácuo. Até final do ano, a companhia programa oferecer aproximadamente 500 toneladas do produto nas grandes redes de supermercados, que já confirmaram pedidos com um opção premium, destacando a diferença entre o salmão de cativeiro e o selvagem.
                                   Salmão Grelhado                                                                    

Para isso, a Alaska Seafood vai aplicar R$ 2,2 milhões numa campanha de promoção sob com degustação, informação nutricional e distribuição de livros de receitas.

Segundo Guilherme Blake Filho, diretor da Noronha e responsável pelo projeto de importação dos produtos do Alasca, a estratégia é aproveitar o bom momento de consumo do pescado no Brasil e ir oferecendo produtos mais qualificados e de maior valor agregado. Nos últimos cinco anos, o consumo do brasileiro saiu de 6,5 quilos/ano per capita de peixe para 10,5 quilos/ano no ano passado. “O que nós estamos fazendo é aproveitar a janela de oportunidade com o produto do Alasca porque o consumidor brasileiro é receptivo a um pescado mais nutricionalmente mais sofisticado.”


     Salmão ao forno                                                                      

O desafio foi organizar a importação. Segundo o empresário, foi necessário, após toda a negociação com o Alaska Seafood e com a empresa, esperar que ela se registrasse no Brasil. Depois, foi preciso protocolar a Noronha Pescados como responsável pelo processamento do peixe na sua fábrica no Curado, no Recife.

A Ocean Bauty é uma companhia com mais de 100 anos, com sede em de Seattle e que cuida da captura controlada do salmão e da pesca do bacalhau e da polaca. Faz também a 
limpeza e o congelamento do peixe sem cabeça e das vísceras. Até chegar ao ponto de venda, embalado a vácuo, o salmão e os demais peixes são descongelados apenas uma vez para a transformação em filé e postas, o que mantém suas propriedades.

A proposta da Noronha é ter o produto (no caso do salmão e do bacalhau), em lojas de maior poder aquisitivo e em lojas gourmet. Além disso, vai vendê-lo a restaurantes que já fazem parte da grande de clientes da companhia. 

A empresa atua nacionalmente na venda de produtos prontos para o preparo em linhas que vão dos tradicionais (atum, meka, dourado, cavala e bejupirá) filetados a produtos importados, como sardinha, galo, cavalinha, castanha, merluza, cação e rosado. Também processa vários tipos de crustáceos e moluscos além de ter uma série especial com peixes do Amazonas como pirarucu, pescada amarela, surubim, tucunaré aruanã e piramutaba, sempre oferecido em porções prontas para o preparo.

Já a Noronha tem 45 anos de mercado e fatura algo em torno de R$ 30 milhões. É considerada uma das maiores empresas de processamento de pescados do Brasil.

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