terça-feira, 8 de outubro de 2013

Secretaria da Mulher presta solidariedade à família de líder quilombola

A secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares, prestou solidariedade à família da presidente da Associação das Louceiras Negras da Serra do Talhado, Maria do Céu Ferreira da Silva, de 43 anos, que também era líder da comunidade quilombola da Serra do Talhado Urbano, na cidade Santa Luzia. 

A secretária executiva da Mulher e Diversidade Humana, Nézia Gomes e o gerente de Equidade Racial, Roberto Silva, acompanharam a secretária Gilberta na cidade de Santa Luzia. 

Maria do Céu morreu na madrugada do domingo (6), no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, vítima de violência doméstica pelo ex-marido. Maria deixou quatro filhos, sendo um maior de 22 anos e três menores de idade, com 10, 12 e 14 anos. Sua filha adolescente também sofreu queimaduras na tentativa de salvar a mãe. 

O agressor, conhecido por Edmilson, inconformado com a separação, ateou fogo no corpo de Maria do Céu e no próprio corpo, assim como na casa, que foi totalmente destruída.


  
Maria do Céu era uma liderança valorosa, uma mulher generosa, grande de alma, mente e coração. Não media esforços para defender o povo quilombola e as mulheres negras, e lutar por melhorias para a sua comunidade. Ela era uma mulher de coragem que usava a sua voz com empoderamento, fazendo falas públicas com habilidade”, disse Gilberta. 

Este é mais um grave caso de violência doméstica contra mulheres na Paraíba. Estamos renovando o nosso compromisso com políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher e o fortalecimento da Rede de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência”, disse Gilberta. 

A Ouvidoria geral do Estado emitiu nota registrando o fato e prestando solidariedade à família de Maria do Céu. A coordenadora Tânia Brito lembrou que a líder quilombola atuava em diversos setores dos movimentos sociais. Nossa solidariedade a mais uma família que perde seu esteio pela violência daquele que deveria ser o seu parceiro de lutas e de vida. A OGE estará divulgando em toda a sua rede de ouvidorias este grave crime contra a vida das nossas mulheres, e cobra providências imediatas”, afirmou Tânia Brito.

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