A
secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta
Soares, prestou solidariedade à família da presidente da Associação das
Louceiras Negras da Serra do Talhado, Maria do Céu Ferreira da Silva, de
43 anos, que também era líder da comunidade quilombola da Serra do
Talhado Urbano, na cidade Santa Luzia.
A secretária executiva da Mulher e
Diversidade Humana, Nézia Gomes e o gerente de Equidade Racial, Roberto
Silva, acompanharam a secretária Gilberta na cidade de Santa Luzia.
Maria do Céu morreu na madrugada do domingo (6),
no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, vítima de
violência doméstica pelo ex-marido. Maria deixou quatro filhos, sendo um
maior de 22 anos e três menores de idade, com 10, 12 e 14 anos. Sua
filha adolescente também sofreu queimaduras na tentativa de salvar a
mãe.
O
agressor, conhecido por Edmilson, inconformado com a separação, ateou
fogo no corpo de Maria do Céu e no próprio corpo, assim como na casa,
que foi totalmente destruída.
“Maria
do Céu era uma liderança valorosa, uma mulher generosa, grande de alma,
mente e coração. Não media esforços para defender o povo quilombola e
as mulheres negras, e lutar por melhorias para a sua comunidade. Ela era
uma mulher de coragem que usava a sua voz com empoderamento, fazendo
falas públicas com habilidade”, disse Gilberta.
“Este
é mais um grave caso de violência doméstica contra mulheres na Paraíba.
Estamos renovando o nosso compromisso com políticas públicas de
enfrentamento à violência contra a mulher e o fortalecimento da Rede de
Atenção às Mulheres Vítimas de Violência”, disse Gilberta.
A
Ouvidoria geral do Estado emitiu nota registrando o fato e prestando
solidariedade à família de Maria do Céu. A coordenadora Tânia Brito
lembrou que a líder quilombola atuava em diversos setores dos movimentos
sociais. “Nossa
solidariedade a mais uma família que perde seu esteio pela violência
daquele que deveria ser o seu parceiro de lutas e de vida. A OGE estará
divulgando em toda a sua rede de ouvidorias este grave crime contra a
vida das nossas mulheres, e cobra providências imediatas”, afirmou Tânia
Brito.
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