sábado, 24 de agosto de 2013

"Trabalhamos por vocação, não por dinheiro", diz médico cubano

Os primeiros 206 médicos que vieram trabalhar no Brasil, por meio do programa federal, desembarcaram na tarde deste sábado (24) no Aeroporto Internacional do Recife

Os profissionais começam a atender a população a partir do dia 16 de setembro. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press
Os profissionais começam a atender a população a partir do dia 16 de setembro. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press

Desembarcaram na tarde deste sábado (24), no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, os primeiros 206 médicos cubanos que vieram trabalhar no Brasil, por meio do programa federal Mais Médicos - que prevê acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Do total, 30 permanecem no Recife e os outros seguem para outros estados. Os médicos carregavam bandeiras do Brasil e de Cuba e acenavam de bata branca aos jovens da União da Juventude Socialista (UJS), que, aos gritos, cantavam músicas de boas-vindas.

“Nós somos médicos por vocação, não nos interessamos por salários. Fazemos nosso trabalho por amor. Nós estamos felizes em colaborar com o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. A medicina cubana é feita na base da solidariedade”, disse o médico Nelson Gonçalves. Ele e outros três profissionais participaram de uma coletiva de imprensa logo após o desembarque. O voo, que chegou às 14h30, trazia 200 médicos cubanos, sendo que 30 ficaram no Recife. Na segunda-feira (26), começa o curso de capacitação dos médicos, ministrado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). As aulas, com duração de três semanas, serão realizadas na cidade de Vitória de Santo Antão.

“Nós chegamos hoje para trabalhar por solicitação da Organização Pan-Americana de Saúde e do desejo do Brasil para ajudar, colaborar com os médicos brasileiros. Nossa atenção é para a saúde básica, como já fizemos em outros países do mundo como Haiti, Venezuela e Paquistão e Honduras”, comentou a médica Milagres Cardenas, que prometeu se dedicar nos estudos de português. A médica e os demais colegas especialistas que desembarcaram no Recife apresentaram bom humor e desconsideraram alguns críticas da categoria brasileira, como a ausência de salários e a proibição de contato e trazer parentes ao país.

De acordo com o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, as primeiras cidades atendidas em Pernambuco são Recife, Cabo de Santo Agostinho e Goiana. Os profissionais começam a atender a população a partir do dia 16 de setembro.

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