O choro da pequena Arielly, de apenas 2 meses ao
receber as vacinas injetáveis Pentavalente, Pneumo 10, Vacina Inativa
Poliomielite (VIP), além da Vacina Oral Rotavírus não preocupou nem um
pouco a mamãe Aline Soares de 29 anos, moradora do Bairro de Santa Rosa,
em Campina Grande. “O choro é apenas por um momento, tudo vale a pena
quando o assunto é a saúde dos nossos filhos, a saúde deve estar em
primeiro lugar sempre. Sei que com essas vacinas ela estará imune a
muitas doenças, por isso faço questão em vaciná-la, especialmente no dia
D”, destacou a mamãe de Arielly.
Aline foi uma das primeiras mães a comparecer à
Praça da Bandeira, onde ocorreu, na manhã do sábado (24), o Dia D de
divulgação e mobilização da Campanha Nacional de Atualização da
Caderneta de Vacinação, que vai até o dia 30 deste mês. A campanha visa
imunizar crianças de zero a quatro anos, 11 meses e 29 dias.
Na Paraíba, por meio de uma parceria do Governo do
Estado com as Secretarias Municipais de Saúde, a ação vai contar com a
participação de 6.650 profissionais de saúde distribuídos nos 2.377
postos de vacinação em todo o Estado.
A meta da campanha é avaliar a caderneta de
vacinação de 294 mil crianças menores de cinco anos na Paraíba. Na
cidade de Campina Grande 44 postos com 400 profissionais estarão
funcionando, para atender aos pais e crianças. A meta é atualizar as
cadernetas de 29 mil crianças na cidade.
A abertura do evento, contou com a apresentação da
Orquestra Filarmônica municipal, com as presenças do Zé Gotinha, de
palhaços, da camponesa, das fadinhas da alegria e do Super Homem, e teve
distribuição de pipoca e pirulito para as crianças e um coffee break
para os adultos.
Para a mamãe do pequeno Emanoel, a auxiliar de
departamento de pessoal, Eliane Batista, moradora do Bairro do José
Pinheiro, atualizar já no primeiro dia o cartão de vacina do filho
demonstra um cuidado e também uma responsabilidade que todos os pais
devem ter, já que protege a criança de muitas doenças, que antigamente
causaram muitas dores às famílias. “É uma iniciativa simples, mas que
ajuda a evitar problemas de saúde, que podem comprometer o futuro de
nossos filhos”, destacou Eliane, que atualizou duas vacinas do filho,
Vitamina A e a Tríplice Viral.
Durante o evento, os pais preencheram duas fichas,
uma delas de comparecimento, onde consta que o cartão da criança foi
analisado, e a outra com as doses aplicadas, neste caso, quando for
necessário a aplicação da vacina.
O calendário de vacinação oferece ao público infantil vacinas para 18 tipos de doenças, sendo 90% delas produzidas no Brasil.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde,
Waldson Dias de Souza, é importante estabelecer a pactuação e o bom
diálogo com os municípios, para que as metas vacinais fixadas
nacionalmente pelo Ministério da Saúde sejam alcançadas. “É fundamental
fortalecer a participação dos municípios para o cumprimento das metas, e
também da população nessas ações”, concluiu.
A secretária de Saúde de Campina Grande, Lúcia
Derks, destacou o caráter conjunto da campanha, que envolve governos e a
população: “Não adianta apenas os poderes públicos se movimentarem, é
necessário o envolvimento das pessoas para que a meta vacinal seja
alcançada”, disse. Para tirar dúvidas sobre a vacinação, a população de
Campina tem à disposição aos telefones do Núcleo de Imunização do
Município: (083) 3310-6365/8650-6561.
Erradicação – A prevenção e a
erradicação de doenças só são possíveis graças à utilização massiva da
vacina, a exemplo da varíola, que foi erradicada no mundo inteiro, e da
paralisia infantil, erradicada da América. Para os bebês, a importância
da vacinação é ainda maior, já que não possuem o sistema imunológico
formado, eles têm mais chances de contrair doenças, e é por esse motivo
que há vacinas também para recém-nascidos.
De acordo com a chefe do Núcleo de Imunização da
Secretaria de Estado da Saúde (SES), Isiane Queiroga, a campanha oferece
todas as vacinas do calendário básico infantil: BCG, hepatite B, penta,
inativada poliomielite (VIP), oral polimielite (VOP), rotavírus,
pneumocócica 10 valente, meningocócica, febre amarela, tríplice viral
(sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche).
“Independente do estado vacinal da criança é
importante que os pais procurem o posto de saúde mais próximo de casa
munido do cartão de vacina, para que os profissionais possam avaliar o
documento e ver quais os imunizantes que estão atrasados para que sejam
atualizados. Caso os pais não tenham o documento, devem levar as
crianças para que sejam avaliadas pelos profissionais de saúde”,
ressaltou Isiane.
Os gestores municipais que tiverem dúvidas sobre
a campanha podem contatar o Núcleo de Imunização da Secretaria de
Estado da Saúde pelos telefones (083) 3218-7458/7388
Por/Marcos Moura.
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