Ontem, um médico brasileiro formado em Cuba levou um grupo de seis cubanos para conhecer a praia de Boa Viagem, na zona sul do Recife, e o Recife Antigo, no centro histórico da cidade.
"Um soldado falou que eles não tinham um puto. Era um dinheirinho contado. Paguei a passagem de ônibus e a cerveja. Um deles pagou uma rodada de caipirinha para todo o mundo", disse o brasiliense Guilherme Stoimenof Sousa, 34.
Formado em Cuba, Sousa trabalhou em Ibiza, na Espanha, e veio para o Brasil com a mulher e os dois filhos pequenos no ano passado, por causa da crise econômica local.
Especialista em medicina da família, urgência e atenção primária, Sousa viu no Mais Médicos uma oportunidade de exercer a profissão no Brasil sem a necessidade de revalidar o diploma.
O médico chegou a fazer o Revalida no ano passado, mas não passou. Guilherme Sousa, que vai trabalhar em Areia (PB), diz que a qualidade do ensino na Elam (Escola Latinoamericana de Medicina), em Cuba, é boa. "Eles te avaliam toda semana. Não dá para você enrolar", disse o brasileiro.
1º dia
Vestida com batas brancas, a turma de médicos chegou ao campus da Universidade Federal de Pernambuco, em Vitória de Santo Antão, às 7h30, após uma hora de viagem.
A primeira aula começou pouco depois das 9h. Depois de receberem os cumprimentos de um representante do Ministério da Saúde, ouviram uma poesia recitada por um artista popular.
O som abafado dificultou até mesmo para os brasileiros entender o que era dito. Apesar disso, todos aplaudiram o poeta.
A imprensa não pôde acompanhar o restante da aula dentro da sala. Pelo vidro da porta, no entanto, foi possível acompanhar o que se passava lá dentro.
Em um determinado momento, todos ficaram de pé para ouvir a execução do hino nacional brasileiro.
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