Pernambucanos desbancaram cientistas canadenses, norte-americanos e europeus e se tornaram referência mundial
Pesquisadores descobriram que um gene, o CNOT1, é mais sensível na resposta ao tratamento
Pesquisadores descobriram que um gene, o CNOT1, é mais sensível na resposta ao tratamento
Pesquisadores da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desbancaram cientistas
canadenses, norte-americanos e europeus e se tornaram referência mundial
quando o assunto é vacina anti-HIV. Um estudo, realizado há 10 anos no
Departamento de Genética da universidade, foi publicado este mês numa
das revistas internacionais mais relevantes sobre o assunto, a
International Journal of the Aids Society. Em outubro do ano passado, os
dados foram apresentados no congresso Aids Vaccine 2013, na Espanha, e o
Consórcio Mundial de Vacinas tornou o departamento da UFPE local de
referência mundial nos estudos sobre o genoma do portador de HIV.
Estudos semelhantes são realizados em 21 países, mas nenhum leva em consideração os genes do portador. “Esse diferencial fez com que nos tornassemos referência”, destacou o professor do Departamento de Genética da UFPE e líder da pesquisa, Sergio Crovella. De acordo com o cientista, o diferencial só foi alcançado graças aos esforços de dois estudantes do mestrado em genética da universidade, Antônio Coelho e Ronald Moura. “Os alunos procuraram empresas para desenvolver um software que identificasse esses genomas e refinasse os dados analisados, mas nenhuma conseguiu. Eles mesmos criaram o programa usado na pesquisa”, ressaltou.
A pesquisa está sendo desenvolvida com a ajuda de 18 voluntários portadores do vírus que causa a Aids. Na primeira fase da experiência, em 2004, o grupo foi vacinado. Alguns apresentaram queda na carga viral, outros não. “Foi quando percebemos que o gene podia causar uma boa reação ou não à vacina”, explicou Crovella. No ano passado, com a análise dos genes, os pesquisadores descobriram que um gene, o CNOT1, tinha associação mais significativa na resposta ao tratamento da vacina. “Essa abordagem das características individuais como fator de interferência na resposta à vacina é única no mundo”, frisou o professor. Segundo ele, a vacina anti-HIV teve 45% de sucesso entre os voluntários.
A pesquisa só deve ser concluída no fim deste ano, com o término da segunda etapa, realizada em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Não há previsão para que a vacina seja comercializada mundialmente. “O mundo inteiro ainda está testando a vacina. Em 2015, todos os estudos devem ser concluídos e os cientistas que trabalham o tema ao redor do globo se reunirão para definir como será a distribuição mundial do medicamento”, esclareceu.
O vírus foi descoberto em 1981 por um cientista francês. Embora tenha caído o número de mortes por Aids no mundo nos últimos anos, o total de infectados pelo vírus do HIV continua alto. A doença matou 1,6 milhão de pessoas em 2012, depois de alcançar um auge de 2,3 milhões em 2005. Já o número de novos infectados foi de 35,3 milhões de pessoas no mundo no ano passado, 200 mil novos casos a menos do que no anterior. No Brasil, entre os anos de 2012 e 2013, as mortes caíram 38,9%. Porém, o número de infectados passou de 530 mil para 630 mil. Em Pernambuco, desde 1983 até outubro de 2013, foram notificados 19.278 casos. Do total, 6.702 casos foram em mulheres e 12.576 em homens.
Estudos semelhantes são realizados em 21 países, mas nenhum leva em consideração os genes do portador. “Esse diferencial fez com que nos tornassemos referência”, destacou o professor do Departamento de Genética da UFPE e líder da pesquisa, Sergio Crovella. De acordo com o cientista, o diferencial só foi alcançado graças aos esforços de dois estudantes do mestrado em genética da universidade, Antônio Coelho e Ronald Moura. “Os alunos procuraram empresas para desenvolver um software que identificasse esses genomas e refinasse os dados analisados, mas nenhuma conseguiu. Eles mesmos criaram o programa usado na pesquisa”, ressaltou.
A pesquisa está sendo desenvolvida com a ajuda de 18 voluntários portadores do vírus que causa a Aids. Na primeira fase da experiência, em 2004, o grupo foi vacinado. Alguns apresentaram queda na carga viral, outros não. “Foi quando percebemos que o gene podia causar uma boa reação ou não à vacina”, explicou Crovella. No ano passado, com a análise dos genes, os pesquisadores descobriram que um gene, o CNOT1, tinha associação mais significativa na resposta ao tratamento da vacina. “Essa abordagem das características individuais como fator de interferência na resposta à vacina é única no mundo”, frisou o professor. Segundo ele, a vacina anti-HIV teve 45% de sucesso entre os voluntários.
A pesquisa só deve ser concluída no fim deste ano, com o término da segunda etapa, realizada em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Não há previsão para que a vacina seja comercializada mundialmente. “O mundo inteiro ainda está testando a vacina. Em 2015, todos os estudos devem ser concluídos e os cientistas que trabalham o tema ao redor do globo se reunirão para definir como será a distribuição mundial do medicamento”, esclareceu.
O vírus foi descoberto em 1981 por um cientista francês. Embora tenha caído o número de mortes por Aids no mundo nos últimos anos, o total de infectados pelo vírus do HIV continua alto. A doença matou 1,6 milhão de pessoas em 2012, depois de alcançar um auge de 2,3 milhões em 2005. Já o número de novos infectados foi de 35,3 milhões de pessoas no mundo no ano passado, 200 mil novos casos a menos do que no anterior. No Brasil, entre os anos de 2012 e 2013, as mortes caíram 38,9%. Porém, o número de infectados passou de 530 mil para 630 mil. Em Pernambuco, desde 1983 até outubro de 2013, foram notificados 19.278 casos. Do total, 6.702 casos foram em mulheres e 12.576 em homens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário