O cantor Nelson Ned, 66, foi cremado na noite deste domingo (5), no
Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
A cerimonia ocorreu por volta das 21h e contou com a presença do ator e
cantor Moacyr Franco, dos filhos, parentes e amigos do artista e
pastores. O cantor Agnaldo Timóteo enviou uma coroa de flores.
Os filhos de Ned ainda não decidiram qual será o destino das cinzas de seu pai. A cremação atendeu ao pedido do cantor.
Ele morreu na manhã deste domingo (5), devido a complicações de um
quadro de pneumonia que o levou a ser internado no Hospital Regional de
Cotia no sábado. A informação de sua morte foi confirmada à Folha pela
assessoria do hospital.
"Nelson foi um homem romântico e apaixonado. Como costumava dizer,
nasceu romântico. Nos último anos, teve uma fé inabalável. Foi um homem
que superou as dificuldades", disse Neuma d'Ávila Pinto Nogueira, irmã
do artista, à Folha.
"A estatura não foi impedimento para ele. Um homem tem a estatura de sua
fé e ele era um gigante. Deixa um legado artístico para nós e três
filhos."
No sábado (4), Ned havia dado entrada na instituição com um quadro de
infecção respiratória aguda, pneumonia e problemas na bexiga.
Desde o último dia 24 de dezembro, Ned estava registrado na casa de
repouso Recanto São Camilo, na Granja Viana, onde recebia diariamente a
visita de uma irmã e do cunhado.
Foi na casa de repouso que a ambulância o socorreu, rumo ao hospital. Ele vivia em casas de repouso desde 2012.
Em 2003, foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Dois anos depois, deixou de gravar e compor.
Quando chegou, Nelson Ned tinha uma cuequinha só, diz Wanderley Cardoso
A morte do cantor Nelson Ned, neste domingo (5), devido a complicações
de um quadro de pneumonia, repercute entre os artistas brasileiros.
Segundo seu colega, o cantor Agnaldo Timóteo, que gravou músicas de Ned,
o "pequeno gigante", como ele era conhecido, era o "segundo maior ídolo
brasileiro na América Latina".
"O Nelson Ned só ficava atrás do Roberto Carlos. Eu fui vê-lo cantar no
palco, no México, no Hotel del Prado, e em Nova York, e vi o que ele
representava. A morte dele foi diferente da morte do Reginaldo Rossi,
que estava cercado pela sua família, estava na sua terra [Recife]. O
Nelson Ned morreu muito afastado da mídia. Vamos torcer para Jesus
Cristo dar a ele ternura", disse Timóteo à Folha.
Morte de Nelson Ned vira notícia em diversos países da América Latina
A morte do cantor brasileiro Nelson Ned, ocorrida neste domingo (5),
repercute não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina, já que ele
fez grande sucesso em países como Colômbia, Venezuela e México.
A TV venezuelana Globovisión, por exemplo, destacou em seu site que Ned foi o primeiro latino-americano a vender 1 milhão de discos nos Estados Unidos.
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