Em política, às vezes o excesso causa tantos problemas quanto a falta. É o caso do prefeito Luciano Cartaxo. Com uma bancada de mais de 20 vereadores, Cartaxo pena com o gigantismo. Tem vereador de mais, liga de menos e muitos problemas para acomodar interesses de todos eles. Resultado: irá enfrentar sobressaltos de vez em quando.
Quando, por exemplo, despertou para a eleição da Mesa Diretora, era tarde. Imaginando que seria ouvido na disputa, descuidou-se e viu Durval Ferreira eleito e reeleito rapidinho. Assim, enquanto adia o atendimento de algumas demandas de aliados, estará sempre correndo o risco de enfrentar dissabores. E poderá ter surpresas desagradáveis.
Há, inclusive, a formação de um grupo independente, que já nasce com cinco ou seis vereadores. Independência nesse caso é sinal de problema, porque normalmente os independentes costumam se unir à oposição quando menos se espera. É quando ocorrem aquelas derrotas inesperadas que deixam o gestor procurando a bússola um tempo.
Para Cartaxo, só resta duas alternativas: ou assume esses aliados, mesmo os mais exaltados, e atende logo suas demandas, ou dá um freio de arrumação e deixa que eles se acomodem como oposição. Ficar como está, esperando que a situação se resolva por si só, costuma não ser a melhor solução. A fatura costuma sair mais caro no fim.
Por enquanto, o prefeito ainda tem muita gordura pra gastar. Sua bancada ainda é alentada. Mas, não se pode desmerecer a capacidade que os parlamentares costumam ter de se articular para defender seus interesses. Mas, a essa altura, o prefeito já pode estar dormindo com o inimigo.m Especialmente, porque do outro lado, está o governador Ricardo Coutinho com o fascínio da caneta e da máquina do Estado.
BLOG HELDER MOURA
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