por Givanildo Santos
Os 21 agricultores familiares do município de Serra
Branca – integrante do Território da Cidadania – que aderiram ao Programa
Brasil Sem Miséria receberam, nesta segunda-feira (25), 1.100 pintinhos, numa
ação do Governo do Estado, por meio da Emater Paraíba, empresa vinculada à
Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), que vem dando
assessoramento técnico. As aves foram adquiridas diretamente ao fornecedor
Avifran, com os recursos recebidos pelos produtores.
Na
região do Cariri, o Programa Brasil Sem Miséria contempla 496 famílias
agricultoras que atuam com outras atividades, como caprinocultura de leite e de
corte, artesanato, ovinocultura, avicultura alternativa e hortaliças diversas.
Em Serra Branca, 52 famílias são beneficiadas, das quais 38 decidiram pela
criação de aves alternativas. Oito tinham recebido as aves dos fornecedores e o
restante receberá seus produtos posteriormente. Todas as famílias são
assessoradas pela Emater.
O
presidente da Emater, Geovanni Medeiros, que acompanhou a distribuição dos
pintinhos pelo fornecedor, informou que o trabalho está permitindo avançar com
o processo de inclusão social numa região castigada pela estiagem, a exemplo do
que vem sendo feito em outros municípios paraibanos. O passo seguinte, conforme
explicou, é fazer com que os agricultores familiares atendidos com recursos do
Brasil Sem Miséria também possam comercializar seus produtos junto aos
programas de compras governamentais.
O
Governo do Estado, por meio da Emater Paraíba, em parceria com o Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), está oferecendo assessoria ininterrupta a
1.600 famílias agricultoras em 17 municípios do Território da Cidadania
no Cariri Ocidental integrantes da Chamada Pública. Entre as ações, destacam-se
convívio com o semiárido, manejo sustentável dos recursos naturais da caatinga
e a organização da produção da caprinovinocultura, enfatizando o acesso e a
ampliação em mercados locais e institucionais.
Cada
família integrante do programa recebe R$ 2.400,00, divididos em três parcelas:
R$ 1.000,00 e mais duas de R$ 700,00, o que permite iniciar sua atividade. No
caso destes agricultores familiares de Serra Branca, que optaram pela criação
de aves, eles puderam instalar o aviário, comprar as aves e a ração.
A
agricultora Lúcia de Fátima Pereira Feitosa, do Sítio Serrote do Gato, também
beneficiada com o programa e assessorada pela Emater, disse que a criação de
aves começa a mudar sua vida. “Apesar de ainda não estar em fase de
vender, já temos a garantia de comercialização junto a bares, restaurantes e
abatedouros”, afirmou. Ela, inclusive, pensa em ampliar a atividade,
construindo novo aviário com parte do lucro e comprando mais aves.
Os
dois agricultores disseram que foi a partir da orientação recebida do Governo
do Estado, por meio dos extensionistas rurais da Emater, que puderam ter nova
oportunidade de renda, principalmente porque, com a estiagem prolongada, fica
difícil a criação de caprinos ou bovinos.
O
chefe do escritório regional da Emater, Antonio Alberto, disse que a avicultura
e a criação de porcos, por exemplo, estão se constituindo numa alternativa para
a inclusão produtiva no Cariri, região bastante castigada pelas estiagens. Ele
disse que, dependendo da vocação de cada família, os extencionistas levam a
orientação necessária para implantação de projetos produtivos.
Os
municípios beneficiários são Amparo, Assunção, Camalaú, Congo, Coxixola,
Livramento, Monteiro, Ouro Velho, Parari, Prata, São João do Tigre, São José
dos Cordeiros, São Sebastião do Umbuzeiro, Serra Branca,Sumé,
Taperoá e Zabelê, todos pertencente à região administrativa da Emater, em Serra
Branca.
Lançado
em junho de 2011 pelo governo federal, o Brasil Sem Miséria tem como prioridade
para o meio rural levar meios para efetivar a inclusão produtiva, com
estruturação da capacidade de produção da agricultura familiar, por meio de
assistência técnica diferenciada e estímulo para a geração de renda. Também
garante serviços públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social,
saneamento e energia elétrica.
Com
informações da Secom-PB
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