sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Pernambucano Geraldo Holanda Cavalcanti é o novo presidente da ABL

O escritor, crítico e tradutor substitui a escritora Ana Maria Machado e vai ocupar o cargo durante o ano de 2014

Geraldo Holanda Cavalcanti foi eleito nesta quinta (5/12) para a presidência da ABL / Divulgação

Geraldo Holanda Cavalcanti foi eleito nesta quinta (5/12) para a presidência da ABL

O poeta, crítico e tradutor pernambucano Geraldo Holanda Cavalcanti foi eleito na tarde desta quinta (5/12) o novo presidente da Academia Brasileria de Letras (ABL). Ele vai ocupar o lugar de Ana Maria Machado, que deixa a gestão da instituição depois de dois anos no cargo. A posse do autor já tem data e horário: acontecerá no dia 19 de dezembro, às 17h, no Salão Nobre do Petit Trianon.

Geraldo Holanda nasceu no Recife em 1929. Reconhecido internacionalmente por seu trabalho como tradutor   - ganhou o Prêmio Internazionale Eugenio Montal, entre outros -, manteve uma carreira na diplomacia em paralelo à literatura. Estreou na poesia em 1964, com O mandiocal de verdes mãos, e venceu em 1998 o Prêmio Fernando Pessoa, da UBE, pelo livro Poesia reunida. Ocupante da cadeira 29 da ABL desde 2010, lançou neste ano A herança de Apolo, com citações e referências sobre a poesia.




CARUARUENSE PRESIDIU A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS NA OPORTUNIDADE REELEITO, POR 34 ANOS



                Austregésilo de Athayde Academia Brasileira de Letras
Nome completo Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Athayde
Nascimento 25 de setembro de 1898 Caruaru
Morte 13 de setembro de 1993 (94 anos) Rio de Janeiro
Nacionalidade  Brasileiro
Ocupação Jornalista, professor, cronista, ensaísta e orador
Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Athayde (Caruaru, 25 de setembro de 1898Rio de Janeiro, 13 de setembro de 1993) foi um jornalista, professor, cronista, ensaísta e orador brasileiro.

Biografia

Nascido na antiga Rua da Frente com a ponte de santa maria da silva algorgueti (atual Rua Quinze de Novembro) em Caruaru, Pernambuco, filho do desembargador José Feliciano Augusto de Ataíde e de Constância Adelaide Austregésilo, e bisneto do tribuno e jornalista Antônio Vicente do Nascimento Feitosa.
Formou-se em direito, trabalhou como escritor e jornalista, chegando a dirigente dos Diários Associados, a convite de Assis Chateaubriand. Em 1948, participou da delegação brasileira na III Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Paris, e integrou a Comissão Redatora da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Colaborador do jornal A Tribuna e tradutor na agência de notícias Associated Press, formou-se (1922) em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do antigo Distrito Federal e ingressou no jornalismo.
Foi diretor-secretário de A Tribuna e colaborador do Correio da Manhã. Assumiu a direção de O Jornal (1924), órgão líder dos Diários Associados. Sua declarada oposição à revolução de 1930 e o apoio ao movimento constitucionalista de São Paulo (1932) levou-o a prisão e exílio na Europa e depois na Argentina.
Permaneceu muitos meses em Portugal, Espanha, França e Inglaterra e de lá se dirigiu a Buenos Aires, onde residiu por dois anos (1933-1934).

De volta ao Brasil reiniciou nos Diários Associados como articulista e diretor do Diário da Noite e redator-chefe de O Jornal, do qual foi o principal editorialista, além de manter a coluna diária Boletim Internacional. Tomou parte como delegado do Brasil na III Assembleia da ONU, em Paris (1948), tendo sido membro da comissão que redigiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem, em cujos debates desempenhou papel decisivo.

Também escreveu semanalmente na revista O Cruzeiro e, por sua destacada atividade jornalística, recebeu (1952), na Universidade de Columbia, EUA, o Prêmio Maria Moors Cabot.
Diplomado na Escola Superior de Guerra (1953), passou a ser conferencista daquele centro de estudos superiores. Após a morte (1968) de Assis Chateaubriand, passou a integrar o condomínio diretor dos Diários Associados. Em 1951, ingressou na Academia Brasileira de Letras, a qual presidiu de 1958 até sua morte, no Rio de Janeiro, em 1993.

Obras

  • Histórias amargas (1921).
  • A influência espiritual americana (1938)
  • Mestres do liberalismo (1952)
  • Vana verba (1966)
  • Epístola aos contemporâneos (1967)
  • Conversas na barbearia Sol (1971)
  • Filosofia básica dos direitos humanos, ensaio (1976)
  • Alfa do Centavo, crônicas (1979).
  • Quando as Hortênsias Florescem
  • Na Academia

Lorbeerkranz.png Academia Brasileira de Letras

Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 9 de agosto de 1951, para a cadeira 8, sucedendo a Oliveira Viana, e foi recebido em 14 de novembro de 1951, pelo acadêmico Múcio Leão.
Recebeu, em 1991, o Título de Doutor Honoris Causa, concedido pelo professor Paulo Alonso, Diretor da Faculdade da Cidade/RJ.
Tornou-se presidente da instituição em 1959, tendo sido reeleito para dirigi-la por longos 34 anos, até o fim de sua vida.

 

 

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