Em mais uma sessão presidida pelo senador
Vital do Rêgo (PMDB-PB), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do
Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (4), o projeto que garante
prioridade na tramitação de processos de adoção em que o adotando for criança
ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.
O PLC 83/2013 de autoria da deputada Nilda
Gondim (PMDB-PB), modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e segue
para análise da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
“Aprovado na CCJ, por unanimidade, o PLC 83 de autoria da deputada Nilda Gondim
que prioriza a adoção de crianças com deficiência ou doença crônica” anunciou
Vital.
A intenção da autora é acelerar, na medida
do possível, o andamento dos processos nos quais o adotado se encontre em uma
dessas condições. Isso não significa ultrapassar etapas ou flexibilizar
procedimentos, reforçou ela no texto.
A nova legislação viria a corroborar
prática que já começa a se estabelecer, pois a atenção preferencial para
pessoas com deficiência e para aquelas acometidas por doenças crônicas já é
fato comum nas instituições. O Conselho Nacional de Justiça, lembrou ainda a
autora, tem se mostrado favorável a que essas causas judiciais tenham
prioridade de tramitação.
Ainda durante a discussão na Câmara dos
Deputados, o psicólogo Walter Gomes, supervisor da área de adoção da Vara da
Infância e Juventude do Distrito Federal, elogiou a proposição. Ele mencionou
que em torno de 10% das crianças e adolescentes que aguardam adoção no Brasil
são portadoras de algum tipo de doença. Ao mesmo tempo, 90% das famílias
habilitadas para a adoção pleiteiam crianças saudáveis. Os dados revelam a
dificuldade dessas crianças para serem acolhidas em um lar, por isso a
prioridade na conclusão do processo é de suma importância.
Para a relatora na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ), senadora Lucia Vânia (PSDB-GO), muito se
beneficiarão dessa iniciativa as crianças e os adolescentes deficientes ou
portadores de doença crônica, que poderão usufruir, em regime de prioridade, da
convivência com uma nova família socioafetiva. Ela apresentou emendas para
ajustar o texto, como a melhoria da ementa do projeto e a renumeração de um
artigo.
O senador Vital, que presidiu a sessão,
elogiou o texto da deputada paraibana e disse que o projeto tem grande
importância para todos os que lutam para que o deficiente tenha direito a uma
política de inclusão e seus direitos assegurados. “Uma grande iniciativa da
deputada Nilda Gondim. A luta para que os deficientes tenham direito a uma
política de inclusão deve envolver todos que desejam justiça e igualdade”
disse.
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