Pescadores do Cariri
paraibano estão se reunindo para conseguir sobreviver durante o longo e forte período
de estiagem, iniciado no ano passado. A Cooperativa de Agronegócios do Cariri,
em Monteiro, conseguiu um dos resultados positivos dessa união: a venda de oito
toneladas de tilápias, traíras e curimatãs, durante a Semana Santa.
Segundo o presidente da
Cooperativa, José de Deus Barbosa, conhecido por Deuzinho do Peixe, 17 cidades
do Cariri produzem pescados e vendem grande parte da sua produção para o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Até o final do ano, deverá ser
inaugurada a Usina de Beneficiamento de Pescado, que poderá aumentar ainda mais
as vendas. “O prédio para a usina já foi entregue pela Caixa Econômica Federal
à cidade de Camalaú, que está com kit de máquinas para atender as demandas”,
disse.
A cooperativa conta
com parcerias de diversos órgãos para realizar seu trabalho. Com apoio do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esperam cuidar dos
poços de água salgada para criar tilápia. “Em Monteiro, tem mais de 90 poços já
identificados. Estamos empenhados em algumas cidades a procurar os prefeitos,
conversar com os secretários de agricultura, para poder continuar as produções
na zona rural”, falou.
Através do sistema de
associações e cooperativas, os pescadores do Cariri querem vender seus produtos
no Estado todo.
“Por enquanto estamos
vendendo em Monteiro,
Camalaú e Sumé. Três
açudes, de Camalaú, Sumé e Congo, estão ainda com boas produções de pescados,
fora alguns açudes menores, que não deixam de ter peixes, como de Livramento,
São Sebastião do Umbuzeiro e Coxixola”, falou.
O Sebrae em Monteiro
também apoia o grupo com consultorias técnicas, através do programa Consultor
Celso Furtado. “Os pescadores também recebem nosso apoio na elaboração de
projetos que pleiteiam recursos federais. Recentemente elaboramos material
gráfico para as vendas dos peixes, antes da Semana Santa”, comentou a gerente
do Sebrae em Monteiro, Maria Madalena Andrade.
Este ano, a
Cooperativa está combinando com o Sebrae uma nova parceria para integrarem à
piscicultura com o Programa de Agroecologia Integrada Sustentável (Pais). Esta
semana ainda eles terão um trabalho com a Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG), na organização de outras cooperativas junto aos associados de
Camalaú, primeiramente, depois de outros municípios de pescadores.
Cooperativismo -
Apesar da grande quantidade de peixes produzida, segundo o presidente da
Cooperativa, houve períodos que eles conseguiram mais toneladas de pescados,
antes da seca. “A produção geral catalogada pela Cooperativa para venda chegou
a 38 toneladas este ano. Os peixes vêm de São João do Cariri, Serra Branca e
outras cidades. Foi tanto peixe que doamos a pessoas carentes dos municípios”,
falou.
A água baixa está
facilitando a captura dos peixes e a pescaria artesanal acelerou muito.
“Somente em Sumé chegamos a pescar quatro toneladas”, comemorou Deuzinho. Há
pescadores na Cooperativa que são somados de várias associações, todos
cadastrados na Colônia Z25 de Camalaú, que conta com a Associação Municipal. Ao
todo, são 1200 piscicultores agregados à Cooperativa.
VITRINE DO CARIRI
Sebrae
Nenhum comentário:
Postar um comentário