No
último dia do prazo para sancionar o projeto de lei que trata da
distribuição dos royalties do petróleo, o governo anunciou nesta
sexta-feira (30) que a presidente Dilma Rousseff vetou o artigo que muda
as regras de distribuição desses tributos referentes a campos já
explorados.
O anúncio foi feito pelo ministros Edison
Lobão (Minas e Energia), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Aloizio
Mercadante (Educação) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), no
Palácio do Planalto. A lei trata da distribuição dos royalties do
petróleo entre Estados, municípios e União.
Com o veto, a legislação atual é mantida.
Rio de Janeiro e o Espírito Santo, que juntos somam quase 90% da
produção nacional, continuam recebendo da mesma forma, como pediam os
governos dos dois Estados.
O governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ)
mobilizou na última segunda-feira (26) centenas na passeata "Contra a
Injustiça, em defesa do Rio", em favor do veto parcial para que os
contratos atuais não sejam afetados.
A regra atual estabelece que a União fique
com 30% dos royalties, os Estados produtores (ou confrontantes) recebem
26,25%, os municípios confrontantes ficam com 26,25% e os municípios
afetados, 8,75%.
O restante (8,75%) é distribuído para
todos os municípios (7%) e Estados (1,75%) da federação, conforme as
regras do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do FPE (Fundo de
Participação dos Estados), que consideram os indicadores sociais e pagam
mais aos Estados e municípios mais pobres em detrimento dos mais
ricos).
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